"Somos um festival de cinema, só que temático"


(...) Numa edição que vai mostrar alguns filmes muito falados em festivais internacionais - como XXY, da argentina Lucia Puenzo, "exemplo de um filme que tem feito todos os grandes festivais generalistas internacionais", ou Otto; or, Up with Dead People, de Bruce LaBruce, "cineasta que o festival sempre mostrou" - João Ferreira destaca três filmes que surgem em três secções diferentes. Na secção competitiva de documentários, o director do Queer Lisboa destaca A Jihad for Love, de Parvez Sharma, "um filme incontornável que pega num tema muito pertinente e politicamente muito relevante, a relação entre o Islão e a homossexualidade, e que o leva muito longe". Já na competição de longas-metragens, não resiste a recomendar Barcelona (Un Mapa), do catalão Ventura Pons, adaptando uma peça de Lluisa Cunille: "É um realizador que adoro, que consegue trabalhar o texto teatral no cinema e fazer cinema sem deixar de fazer teatro - ter a actriz Rosa Maria Sardà a fazer um monólogo de 25 minutos e tornar isso arrebatador..." Finalmente, uma chamada de atenção para a secção paralela Queer Art, em estreia nesta edição e que reflecte a relação entre o cinema e as artes plásticas, e o destaque para o documentário de Julian Cole sobre a dupla britânica Gilbert & George, "pela luta que existe entre o realizador e os artistas sobre o controle do filme. É muito interessante ver como se pode fazer um documentário diferente sobre artistas plásticos que não é o proverbial documentário de museu" .

+info: http://cinecartaz.publico.pt/noticias.asp?id=210913

0 comentários: