Carlos Alberto Correia, cronista do jornal regional Rostos, publica, com o título acima apresentado uma crónica que esperamos que cada dia que passa seja mais o pensamento da população lusa.
Dúvidas tive bastantes sobre a questão do casamento entre homossexuais. Perguntando-me das razões de ser das mesmas, fui descobrindo o quanto de preconceito se escondia sobre aparentes boas razões para negar essa possibilidade. É ou não verdade que aceitamos e defendemos que as ligações tem a sua base no afecto existente entre pessoas? Se assim é, em que difere a afeição ou amor se o objecto de tais sentimentos é do mesmo sexo ou de género diferente? Modifica isso a essência do sentido? O prazer ou a dor causados por uma relação terão intensidade diferente se os actores forem do mesmo sexo? Certamente que não. Então que direito temos nós, ou a sociedade, de determinar que só podem constituir-se, legalmente, em díade, indivíduos do mesmo sexo? Não acham que é de um autoritarismo moral a rondar o fascismo sentimental?
-
0 comentários:
Enviar um comentário